domingo, 25 de novembro de 2012

EVANGELHO DO DIA 26 DE NOVEMBRO


EVANGELHO (Lucas 21,1-4)

Segunda-Feira, 26 de Novembro de 2012
34ª Semana Comum

  • O Senhor esteja convosco.
  • Ele está no meio de nós.
  • Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas.
  • Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

  • Palavra da Salvação.
  • Glória a vós, Senhor.
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Reflexão do Evangelho de São Lucas - (Lc 21,1-4)


NOSSAS DUAS MOEDINHAS”

Gostaria de compartilhar uma reflexão muito interessante feitas pelo diácono José da Cruz sobre este evangelho, diz ele: Uma interpretação literal desse evangelho seria mais ou menos assim: você faz a sua compra do mês, mas em vez de levar para sua casa, leva na casa de alguém muito pobre, e você só terá o dinheiro para compra no outro mês. Não é isso? Tirar da boca para dar aos outros.
Mas notem que as duas moedinhas não foram dadas de esmola, mas era uma oferta dentro de uma celebração, então foram dadas a Deus, eis aí a diferença fundamental.

Talvez a gente até pense que, agora ficou bem mais fácil de imitar a viúva, dar aquilo que para mim é essencial, para Deus. E por que será que Deus vai querer as nossas moedinhas? O que nossas miseráveis ofertas vão acrescentar a grandiosidade de Deus? Nada! Então por que abrir mão daquilo que nos é essencial?

Quando falamos de bens materiais, inclusive dinheiro, o que damos na verdade é o que sobra, e até mesmo o nosso Dízimo é o último valor que entra no nosso orçamento mensal 'Posso dar que não vou me apertar!' Pensamos sempre de maneira um tanto mesquinha. Quanto mais rico mais posso dar, mas sempre o que me sobra. Claro que dar em nome de Cristo é uma obra de caridade. Fiquem tranquilos...

Em uma visão bem pastoral a reflexão é muito bonita. Há algo sim, que podemos dar a Deus na comunidade, algo precioso que nos é essencial, e que parece que ninguém tem sobrando... o tempo! É a primeira justificativa que damos quando somos convidados para 'dar' algo essencial de nós, em algum trabalho pastoral ou ministério 'Ah estou sem tempo...', as pessoas até já introduzem a conversa dizendo 'Olha, se tiver um tempinho...'.

Eis aí as nossas pequeninas moedinhas da pós-modernidade: nosso tempo. Para ouvir as pessoas, para visitar um doente, para visitar alguém que sumiu da comunidade, para ir consolar alguém que perdeu seu ente querido, para compartilhar meu conhecimento profissional em algum curso de formação. Nesse sentido, nossas pastorais são aquele cofre do templo, onde ás vezes colocamos grandes fortunas, mas que está nos sobrando 'Ah hoje eu não ia fazer nada mesmo...'.

Porém, o que Jesus nos pede é uma doação verdadeira, dar um tempo em algum trabalho pastoral, para alguma pessoa, um tempo que vai nos fazer falta pela sua preciosidade, digamos assim, no meu justo descanso da tarde de um domingo, vou fazer algum trabalho pastoral. Deixamos de descansar no conforto de nossa casa, para nos doar a alguém. Será que tudo o que fazemos na pastoral ou no ministério, não é apenas uma terapia ocupacional para “matarmos” o tempo que nos está sobrando? A verdade é que as moedinhas da viúva nos fazem pensar no assunto...”

Reflitamos irmão(ã) profundamente, e busquemos ofertar a Deus com o coração puro e confiante.


Deus abençoe!
Godofredo Nunes

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