EVANGELHO (Mateus 11,16-19)
Sexta-Feira,
14 de Dezembro de 2012
São João da Cruz
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele
tempo, disse Jesus às multidões: 16“Com
quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas
praças, que gritam para os colegas, dizendo: 17‘Tocamos
flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não
batestes no peito!’18Veio
João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’.
19Veio
o Filho do Homem, que come e bebe e dizem: ‘É um comilão e
beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’. Mas a
sabedoria foi reconhecida com base em suas obras”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
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Reflexão
do Evangelho de São Mateus
- (Mt
11,16-19)
“COM
QUEM VOU COMPARAR ESTA GERAÇÃO?”
No
evangelho de hoje, Jesus usa mais uma vez o recurso da “comparação”,
e usa é claro algo que faça parte do contexto do povo. Para nós
hoje, parece sem sentido esse evangelho, mais ele está cheio de
elementos muito conhecido pelo povo judeu.
Os
meninos judeus brincavam muito de “casamento e enterro”. No
casamento, tocava-se a flauta e os convidados cantavam e dançavam.
Já no enterro, um grupo fazia lamentação, e como na vida real, os
demais deveriam chorar e bater no peito desconsolado, como fazia um
bom judeu diante do quadro da morte.
Muito
provavelmente, Jesus também tenha participado de brincadeiras assim
e se lembrou da frustração dos tocavam flauta, quando o outro grupo
reagia á música e ao clima de alegria, ou quando simulava-se um
enterro, e acontecia a mesma coisa, permaneciam indiferentes á
motivação.
Essas
brincadeiras os judeus conheciam bem, pois Jesus uso essa comparação
para adverti-los.
Talvez
fosse exatamente o que Ele estivesse sentindo, sua gente, seu povo,
as pessoas da sua terra e do seu grupo, não reagiam ao anúncio,
totalmente inédito, da salvação. E ainda o viam como um comilão e
beberrão! Estes eram os mesmos que acusavam João Batista de estar
com um demônio, porque não comia e nem bebia.
Mas
a sabedora divina é maior. Deus, através de seu Filho, não perdeu
tempo e logo fez crescer o reino da justiça, da misericórdia, do
amor, mesmo nas adversidades dos deboches e do mal entendido. Assim,
para contraria o povo que ainda não tinha enxergado Deus e nem
atentado para novas práticas de vida, Jesus realizava prodígios e
sinais que aos olhos dos homens descrentes não eram corretos.
O
homem da pós-modernidade, diante do anúncio da palavra de Deus,
também reagem assim, ficando totalmente indiferentes á realidade do
Reino e á Boa Nova do Evangelho.
Podemos
usar o reverso da reflexão, e em vez do Homem dançar conforme a
música de Deus, inverte a ordem e se arroga ao direito de querer que
Deus dance de acordo com á sua musiquinha de quinta categoria, sem
ritmo nem conteúdo.
Deus
abençoe!
Godofredo
Nunes
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