segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

NAMORO ÀS ESCONDIDAS...


Muitas pessoas vivem como amantes do próprio namorado.
Quando estamos apaixonados, queremos que todos conheçam os motivos da nossa felicidade. Apesar disso, há quem esteja namorando há um tempo, mas prefere manter em segredo a nova experiência.

Poderiam ser muitas as justificativas para este tipo de relacionamento, desde a dificuldade de aceitação dos pais, as diferenças de idade e, até mesmo, o fato de um dos dois já viver uma relação com outra pessoa. Mas que motivos alguém teria para manter o namoro em segredo se a pessoa com quem se relaciona o (a) faz feliz?

Um namoro secreto, apesar de todas as manobras que o casal precisará fazer para viver seus encontros, tem início, muitas vezes, na maneira avançada como aconteceu a primeira aproximação. Talvez a liberdade que já existia na amizade ou nas conversas permitiram que os casais fossem além daquilo que estabelecia as fronteiras da amizade. Intimidade semelhante também pode acontecer entre chefes e secretárias, professores e alunos, entre outros.

A convivência diária poderá facilitar tais laços se entre eles não for estabelecido limites, especialmente se há algum tipo de impedimento por parte de um deles.

Muitas pessoas, embora sejam completamente livres para assumir seus relacionamentos, vivem como amantes do próprio namorado. Outras, por estarem namorando alguém já compromissado, sujeitam-se às oportunidades oferecidas pelo vácuo dos encontros.

Ainda que o casal decida por viver o namoro, em hipótese alguma o acordo entre eles permite revelar a verdade sobre a atual situação; mesmo que o tempo de convivência tenha demonstrado que o relacionamento está ficando cada vez mais intenso.

Um namoro iniciado nessas condições elimina todas aquelas gostosas atividades que comumente vivem os apaixonados, tais como passear juntos, ser apresentado aos amigos e contar para o mundo, nas redes sociais, que está num relacionamento sério com fulano (a).

O doloroso pacto de silêncio entre os namorados os forçam a viver como bons amigos. Diante dos conhecidos, a pessoa precisará simular o comportamento de quem traz apenas um grande afeto por aquele que, na verdade, está apaixonado.

O peso de um namoro às escondidas faz com que os casais não possam atender ao telefone quando a chamada for do namorado, não permite que eles se falem quando a saudade bater à porta ou viver outras coisas comuns para a maioria dos apaixonados. Assim, essa experiência, que deveria ser um motivo de felicidade, acaba se reduzindo em breves e limitados encontros.

É verdade que o casal até poderia se encontrar em lugares públicos, mas desde que o comportamento fosse apenas de pessoas “conhecidas”, ou seja, sem beijos, toques, afagos e outros carinhos pertinentes ao namoro.

Há também aqueles que tratam a pessoa como namorada apenas quando lhe é conveniente. Na expectativa de oficializar o relacionamento, a pessoa mais apaixonada deixa passar os dias, meses ou anos, vivendo o “caso secreto” segundo a vontade da outra pessoa.

O relacionamento sem vínculos para com o outro parece não ter futuro, pois, além de comprometer a autoestima da (o) namorada (o), há também a possibilidade de a pessoa se fechar para um verdadeiro e compromissado namoro. E o grande risco para quem se vê envolvida neste tipo de união será de perceber que está investido a sua vida num relacionamento instável, no qual ela mal consegue definir o verdadeiro estado de vida dentro desse tipo de relação.

Um verdadeiro relacionamento robustece a nossa autoestima e nos traz ânimo. Do contrário, qualquer outro tipo de namoro descompromissado traz somente preocupação e insegurança.



Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova 
e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II 
para o Portal Canção Nova como articulista.
Autor do livro Relações sadias, laços duradouros e Lidando com as crises.



Deus abençoe!
Godofredo Nunes



 
Fonte:http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=13014

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